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Brasil deve expandir exploração além da Margem Equatorial, afirma diretora da ANP

Symone Araújo classifica licença do Ibama para perfuração na Foz do Amazonas como “marco importante” e defende avanço em novas fronteiras, como a Bacia de Pelotas.

A diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Symone Araújo, afirmou nesta quarta-feira (22) que o Brasil precisa ampliar sua atuação exploratória para além da Margem Equatorial, região que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte.

Durante coletiva de imprensa após o leilão de áreas do pré-sal, Araújo destacou que a recente licença ambiental concedida pelo Ibama à Petrobras para perfuração na Bacia da Foz do Amazonas representa um avanço relevante não apenas para o setor energético, mas também para a política ambiental brasileira.

“A licença para a Bacia da Foz do Amazonas é um marco importante para a área ambiental”, afirmou a diretora.

Segundo ela, o debate sobre a exploração na Margem Equatorial está diretamente ligado à segurança energética e à reposição das reservas nacionais de petróleo, pontos estratégicos para a soberania e sustentabilidade do setor. Araújo também ressaltou a expectativa pela liberação de novas licenças de perfuração na Bacia de Pelotas, localizada entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, considerada outra fronteira promissora para a produção de óleo e gás.

O diretor-geral da ANP, Artur Watt, complementou que o primeiro processo de licenciamento em novas fronteiras tende a ser mais complexo, já que os blocos pioneiros servem de referência para as futuras análises ambientais.

“O primeiro licenciamento é sempre o mais difícil, porque ele estabelece os parâmetros para os próximos”, destacou Watt.

A ANP avalia que a diversificação das fronteiras exploratórias é essencial para manter o ritmo de produção e garantir a competitividade do Brasil no mercado global de energia.